Existem diversos tipos de arritmias, desde as mais simples, conhecidas como “benignas”, até as mais complicadas com consequências mais graves.

A FA (fibrilação atrial) é a arritmia sustentada mais frequente na prática clínica, e sua prevalência na população geral  foi estimada entre 0,5 e 1%. Além disso, possivelmente esses números ainda estão subestimados, uma vez que muitos casos (10 a 25%) não provocam sintomas.

Esta arritmia é conhecida por causar fenômenos tromboembólicos (trombose, AVC) e por isso seu diagnóstico e tratamento (que visam prevenir tais eventos ) deve ser a principal meta na abordagem clínica.

Estudos americanos com pessoas acima de 65 anos demonstram um aumento na prevalência de FA em 0,3% ao ano e crescimento absoluto de 4,5%. Em pacientes com menos de 60 anos, a prevalência é inferior a 0,1%, ao passo que, naqueles acima de 80 anos, sua prevalência é de 8%.

Apesar da maior predisposição no sexo masculino, as mulheres representam maior massa de pacientes com FA, devido à sua maior sobrevida e pelo maior risco de as mulheres desenvolverem fenômenos
trombóticos.

Em indivíduos acima de 65 anos, a mortalidade associada à FA é de 10,8% em 30 dias após o diagnóstico da arritmia, chegando a 42% em 3 anos de acompanhamento. A FA é um preditor significativo de morte por todas as causas na presença de insuficiência renal, câncer e doença pulmonar obstrutiva crônica.

Existem hoje até dispositivos eletrônicos, como Apple Watch e Fitbit que detectam a presença de arritmia de forma precoce, mesmo em assintomáticos, o que pode ser útil no diagnóstico prematuro e seu acompanhamento e tratamento. Mas o que de fato é útil ainda é a vigilância com check ups frequentes e atenção a quaisquer sintomas ligados a palpitações.

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